EUA: Universidades suspende aulas após protestos contra guerra em Gaza

 
EUA: Universidades suspende aulas após protestos contra guerra em Gaza

23/04/2024



A reitora da Universidade de Columbia ordenou nesta segunda-feira (22) que todas as aulas sejam virtuais, após o protesto contra o conflito em Gaza ocorrido no campus neste fim de semana, que se estendeu a outras universidades americanas.

 

Foto: Vanessa Carvalho/Brazil Photo Press/Folhapress

 

 

Um grupo de manifestantes mantém há dias um "acampamento de solidariedade a Gaza" nas áreas verdes da instituição renomada de Nova York, onde uma centena de estudantes pró-palestinos foram presos na última quinta-feira sob a acusação de invasão.

 

 

"Para que diminua o rancor e para nos dar a oportunidade de analisar os próximos passos, anúncio que as aulas serão ministradas virtualmente nesta segunda-feira", escreveu em carta aberta a reitora, Nemat Shafik. "Um novo começo é necessário.”

 

 

"Nos últimos dias, houve muitos casos de intimidação e assédio em nosso campus", explicou Nemat, referindo-se a queixas de estudantes judeus sobre o que consideraram expressões ameaçadoras e antissemitas durante os protestos. "A linguagem antissemita, como qualquer outra que seja usada para ferir ou assustar pessoas, é inaceitável, e medidas apropriadas serão tomadas."

 

 

Os manifestantes exigem que a universidade, que mantém um programa de intercâmbio com Tel Aviv, boicote todas as atividades relacionadas com Israel.

 

Tensão aumenta

 

A intervenção policial e as prisões de quinta-feira aumentaram a tensão e levaram mais manifestantes a se somar aos protestos no fim de semana. Nemat Shafik havia comparecido ao Congresso americano na última quarta-feira para defender a universidade das acusações de antissemitismo.

 

 

Os protestos pró-palestinos se estenderam ao Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e à Universidade do Michigan, segundo o jornal The New York Times. Mais de 40 pessoas foram presas hoje em uma manifestação na Universidade de Yale.

 

 

As universidades americanas são palco de debate desde o último dia 7 de outubro, quando um ataque do movimento islamista palestino Hamas em Israel detonou o conflito em Gaza.

 

 

Segundo a reitora de Columbia, "a tensão foi explorada e exacerbada por indivíduos não afiliados à universidade", que chegaram ao campus para "cumprir agendas próprias".

 

Com informação da AFP

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